A vasectomia é um procedimento rápido, seguro e eficaz, realizado com anestesia local, em nível ambulatorial. A cirurgia consiste na interrupção do ducto deferente, responsável pelo transporte dos espermatozóides. Dessa forma, eles não chegam até a uretra e o esperma ejaculado não conterá as células reprodutoras masculinas.
O desejo sexual não é afetado pela operação, não havendo mudanças na sensação do orgasmo, no tempo para atingi-lo ou na ereção, pois a cirurgia não compromete nenhuma estrutura responsável pela função sexual. Os espermatozóides continuam sendo produzidos pelos testículos, mas não têm como atingir a uretra, sendo então absorvidos ou destruídos pelo organismo.
O procedimento cirúrgico é recomendado, segundo a Lei 9.263/96 e a Portaria n° 144/97 da Secretaria de Assistência à Saúde, nas seguintes condições:
Os riscos são pequenos por ser uma cirurgia relativamente simples. As complicações como hematoma, hemorragia, dor pós-operatória, inflamação do testículo e infecção são raras. A decisão de optar por esse procedimento deve ser tomada em conjunto pelo casal, que deve estar bem-orientado quanto à impossibilidade de ter novos filhos.
A cirurgia dura cerca de 30 minutos, sendo que as atividades habituais podem ser retomadas em dois dias e as relações sexuais, sem desconforto, em torno de uma semana. Após a cirurgia, deve ser realizado um espermograma para que se comprove a ausência de espermatozóides. São necessárias diversas ejaculações até que o conteúdo de espermatozóides já presentes na ampola do ducto deferente sejam eliminados. Essa informação é de extrema importância, já que há risco de gravidez após a vasectomia e a liberação para atividade sexual sem método contraceptivo deverá ocorrer apenas após espermograma negativo.
A reversão da vasectomia é possível e tem boas taxas de sucesso. A chance de resultado positivo depende do tempo entre a vasectomia e a reversão e dos cuidados técnicos para sua realização. Quanto maior esse intervalo, menor será o índice de sucesso. Estudos demonstram que o tempo considerado limite é de 10 anos. A cirurgia de recanalização dos ductos deferentes é complexa e envolve o uso de microcirurgia com instrumentos especiais e treinamento adequado da equipe. Diferentemente da vasectomia, a reversão é realizada em regime hospitalar e tem duração média de duas a três horas.
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