A formação de pedras nos rins acomete cerca de 6% da população. O risco de formação de outros cálculos após a primeira crise é de cerca de 50% em 5 anos.
Existem vários fatores importantes para formação de calculos tais como: ambientais, climáticos, geográficos, tipo de ocupação, dieta com alto teor de proteínas e sal e baixa ingestão de água. Além disso, há fatores genéticos envolvidos, de modo que, em algumas famílias, podemos encontrar vários indivíduos portadores de cálculos.
A presença de pedras ou cálculos no trato urinário, em geral, é acompanhada de sintomas dolorosos. A dor característica nesses casos é chamada de cólica renal e se caracteriza por forte dor na região lombar, que pode se irradiar para outras partes do abdômen.
O diagnóstico é feito com exames de imagem que confirmam a presença do cálculo, seu tamanho e localização. O exame mais preciso é a tomografia computadorizada, que avalia todo o trato urinário e identifica cálculos em qualquer localização.
Pessoas com cálculos urinários devem sempre ser tratadas com o objetivo torná-las livres das pedras. Vejam alguns recursos utilizados:
- Dissolução química com o uso de medicamentos como por exemplo em cálculos de ácido úrico.
- Fragmentação extracorpórea: com o uso de equipamento específico, os cálculos podem ser “bombardeados” e fragmentados. Esse tratamento é chamado de litotripsia extracorpórea. Nesses casos, os fragmentos serão eliminados espontaneamente pela urina.
- Cirurgias endoscópicas: parte dos cálculos urinários não é passível de tratamento por meio da litotripsia extracorpórea e devem ser retirados por via endoscópica. Existem endoscópios próprios para a retirada de cálculos localizados no ureter (canal que liga o rim à bexiga) e para cálculos renais. O procedimento de retirada de cálculos nos ureteres é denominado ureterolitotripsia e a cirurgia para retirada de cálculos renais é chamada de nefrolitotripsia percutânea. Nas cirurgias endoscópicas, é possível fragmentar os cálculos com o uso de laser e retira-los.
- Cirurgias convencionais (abertas): com toda a tecnologia que se tornou disponível nos últimos anos, é raro haver necessidade de uma cirurgia aberta para retirada de cálculos.
Em relação à prevenção da litíase urinária, independente da causa, é válido estimular o aumento da ingestão de água para 2 a 3 litros por dia. Essa é a medida mais importante. Além disso, é recomendável o consumo moderado de sal e proteína animal. Alguns medicamentos para controle da eliminação urinária de cálcio e ácido úrico também são utilizados. A prevenção da formação de novos cálculos é muito importante e é eficaz em muitos pacientes.