Doenças da Próstata  

Prostatites

 

As inflamações da próstata, ou prostatites, são, na realidade, um conjunto de doenças com comportamentos diferentes.

- Prostatite aguda: é a inflamação aguda causada por bactérias específicas. Em geral, tem uma manifestação bastante sintomática, com febre alta, calafrios, dificuldade para urinar e queda do estado geral. O tratamento deve ser feito com antibióticos potentes, hidratação e analgésicos. 

- Prostatite crônica: é a inflamação crônica da próstata, também causada por bactérias específicas, e se manifesta por quadros repetitivos de infecções urinárias. O tratamento também é feito com antibióticos por períodos prolongados, que visam à erradicação dessa população de bactérias do tecido prostático. 

- Prostatite abacteriana: é a inflamação crônica da próstata, não relacionada à infecção bacteriana. Em geral, é assintomática e se manifesta mais frequentemente por elevação do PSA (antígeno prostático específico). 

- Prostatodínia: é um quadro que não envolve obrigatoriamente um processo inflamatório ou infeccioso da próstata e se manifesta por dor pélvica e perineal.

 

Hiperplasia Benigna da Próstata

 

Por razões ainda pouco conhecidas, a próstata do homem adulto com mais de 40 anos apresenta uma tendência em aumentar de volume. Esse processo, denominado Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), é bastante variável e não tem relação com qualquer fator até hoje investigado, como alimentação, fumo, influências genéticas, hábitos, sexuais, etc. No entanto, sabe-se que não ocorre no homem jovem e que está relacionado com o hormônio masculino, a testosterona. Por estar situada logo abaixo da bexiga, envolvendo a uretra, o aumento da próstata provoca sintomas miccionais decorrentes da obstrução ao fluxo urinário e dificuldade de esvaziamento da bexiga.

Existem algumas formas de tratar a HPB que incluem medicamentos, cirurgias convencionais, cirurgias endoscópicas e procedimentos minimamente invasivos. Os medicamentos mais utilizados são os alfa-bloqueadores e os bloqueadores hormonais. Os alfa-bloqueadores promovem relaxamento do tônus da uretra prostática facilitando a micção. Os bloqueadores hormonais (finasterida e dutasterida) por sua vez, provocam redução parcial do volume prostático e tendem a melhorar os sintomas miccionais.

Os tratamentos cirúrgicos envolvem a retirada do tecido prostático hiperplasiado ou crescido. Esses procedimentos podem ser feitos através de uma cirurgia clássica, que envolve uma incisão abdominal, ou com o uso de equipamentos endoscópicos específicos. A cirurgia endoscópica é denominada Ressecção Endoscópica da Próstata e é realizada através da uretra sem a necessidade de incisões cirúrgicas. É menos agressiva e permite um pós-operatório menos doloroso e uma recuperação mais rápida.

Recentemente, foram desenvolvidos novos métodos de tratamento minimamente invasivos com auxílio de laser.

 

Câncer de Próstata

 

O câncer da próstata é um dos tumores malignos mais frequentes no sexo masculino. Da mesma forma que o aumento da próstata ocorre em homens maduros, sua incidência aumenta com o avanço da idade. Sua causa é desconhecida, mas se sabe que tem um importante componente hereditário. Filhos e irmãos de pessoas com a enfermidade têm maior tendência a desenvolver a doença. Outros fatores possivelmente relacionados ao surgimento deste câncer envolvem questões alimentares e ambientais. Comprovou-se, por exemplo, que ocorre mais frequentemente em ocidentais do que em orientais e mais em negros do que em brancos.

O diagnóstico definitivo só é possível com a biópsia da glândula e a análise do tecido prostático por um patologista. A biópsia só é realizada em indivíduos nos quais exista uma forte suspeita da presença do tumor, ou seja, quando um nódulo prostático é detectado no toque retal ou quando há elevação do PSA (antígeno prostático específico). Essa substância é uma proteína produzida pelo tecido prostático que pode ser dosada no sangue e funciona como um “marcador” de doenças da próstata. Essa é uma das razões pelas quais todo homem deve se submeter periodicamente ao toque retal e à dosagem do PSA.

Depois de diagnosticado, é necessário avaliar a extensão do tumor e a escolha do tratamento. Tumores prostáticos restritos à glândula são passíveis de cura com cirurgia (prostatectomia radical) ou radioterapia. Nos casos de câncer, a cirurgia envolve a retirada integral da próstata, das vesículas seminais e dos gânglios linfáticos pélvicos. A radioterapia também é um método eficaz e pode ser realizada com radiação externa (método tradicional) ou com implante de sementes radioativas no interior da glândula. Esses tratamentos envolvem o risco de algumas complicações, que incluem disfunção erétil e a incontinência urinária.

Recentemente surgiu uma nova técnica cirúrgica que usa a abordagem laparoscópica acoplada a um robô. A vantagem do uso do robô na prostatectomia radical é a menor agressividade cirúrgica e menor sangramento operatório. Outra forma de tratamento envolve o uso de medicamentos que reduzem ou bloqueiam a testosterona. São mais úteis nos casos em que o tumor prostático não está restrito somente à glândula (pacientes com tumores que se estendem para a vizinhança da próstata ou com metástases à distância).

 

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